O perigo vibra no fundo das pedras
Elogios discretos aos Correios e disso de pagar as contas.
Bom dia, assinante e colaborador(a) do RelevO – e bem-vindos(as), novos assinantes.
Estamos no último terço de abril, projetando a edição de maio. Estamos preocupados com o desenho financeiro de 2023 (oh), ao mesmo tempo que estabelecemos constâncias que nos orientam na direção certa (hm…). Na circular de hoje, temos apenas dois recados.
1.
A edição de abril foi aos Correios no dia 3, o primeiro dia útil do mês. Tivemos um número baixo de reclamações até agora, também por conta da estabilização do serviço dos Correios, verificada desde a metade de 2022. A estatal já foi melhor? Sim. Ao mesmo tempo, reconhecemos que a coisa toda não está piorando, tampouco tivemos aumentos especialmente onerosos.
Se o seu exemplar está atrasado, você pode nos avisar por aqui mesmo ou nas DMs das nossas redes sociais. Também pode seguir o mesmo procedimento se precisar alterar o endereço de entrega.
2.
Quando a ideia RelevO surgiu, em agosto de 2010 – e, infelizmente, não foi sufocada por alguma distração mais lúcida –, precisávamos de R$ 200 para custear a gráfica. A tiragem, de mil exemplares, foi distribuída na Biblioteca Pública do Paraná (BPP), na Universidade Positivo (UP) e em alguns pontos culturais de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Levamos uma semana para produzir o Jornal e uma manhã para distribuir toda a edição. Ao todo, gastamos R$ 250 (ou três tanques cheios do Gol Bola, o RelevOMóvel, em 2013).
Quase 13 anos depois, levamos o mesmo tempo de produção editorial, mas a distribuição se espalha por três dias do fim do mês, seguida pelos envios semanais dos novos assinantes. Os custos se multiplicaram por dez, tanto pelo aumento da malha de distribuição quanto pelo fato de a vida ser mais cara em comparação com o início da década passada. Trata-se de uma logística complexa e que consideramos eficiente – há mais de sete anos, não atrasamos o envio do primeiro dia útil do mês.
No final de 2022, começamos a dar passos um pouco mais largos, na busca por retomar a nossa distribuição, que já chegou a 6.000 exemplares no começo de 2020 e agora gira em torno dos 3.000 exemplares. Os custos de 2023 aumentaram em aproximadamente R$ 700, entre Correios e gráfica. Em abril, com o especial das páginas centrais sobre o Skank – republicado na última Enclave –, resgatamos a distribuição antiga de Minas Gerais.
Contudo, não é isso que realmente nos preocupa. 2023 está estranho. Assinantes que estavam conosco há quase 10 anos não renovaram seus vínculos por motivos diversos, desde readequação financeira a investimentos em novos projetos. O índice de novos assinantes diminuiu 25%, o que amplifica a perda dos assinantes antigos. Assinantes mais recentes não renovaram dentro da faixa comum de desistências, mas muitos sequer responderam ao nosso pedido de continuidade. Onde estamos errando? Chegou o momento em que realmente não servimos mais ao mundo contemporâneo? Sobrevivemos aos blogs e tablets, mas morreremos pelo TikTok?
Em contrapartida, sentimos que o Jornal está editorialmente mais coeso, com distribuição melhor de conteúdo, mais diversificado, leve e seguindo a equalidade na publicação de mulheres e homens – um norte editorial há muitos anos. Nosso humor também permanece como uma marca da identidade do RelevO. Seguimos remunerando todos os colaboradores da edição, de escritores e escritoras à equipe de mídia. Em janeiro, ajustamos todos os pagamentos de acordo com a inflação do ano anterior.
Não devemos reclamar como se estivéssemos à beira da morte, embora a situação seja delicada – estamos com R$ 3.000 negativos em abril e temos de pagar a gráfica até dia 25. O publisher não se remunera desde janeiro1. Amigos, colaboradores, entusiastas, assinantes que nos adotaram como o periódico da vida – existe isso? – continuam renovando seus vínculos, dando retornos sobre o nosso conteúdo, divulgando o nosso trabalho. Acreditamos que, neste momento, precisamos ainda mais da nossa comunidade, que nos auxiliou incrivelmente na pandemia e sempre compreendeu nossos dilemas e limitações.
Se você estiver em condições, que tal antecipar sua assinatura, migrar de plano ou nos presentear para um novo leitor? Basta clicar no botão abaixo ou escolher qualquer um dos meios listados em seguida.
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Um grande abraço.
Se cuidem,
Também não nos prestaremos a pedimos de socorro do tipo “abra este e-mail ou a Gazeta do Povo pode acabar”, como se nos importássemos com a possibilidade de, bom, a Gazeta do Povo acabar.